segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Reflexões sobre alfabetização - Emília Ferreiro - Fichamento



Reflexões sobre alfabetização
Emília Ferreiro
Fichamento

Dois pontos para começar: Quem ensina e Quem aprende?

Dois pressupostos
A autora coloca duas hipóteses e opta pela primeira.
1º - Escrita é sistema de representação da linguagem. Se sistema de representação, a aprendizagem é conceitual. É apropriar-se de um novo objeto.
2º - Se código de transcrição, a aprendizagem é aquisição de uma técnica.

Atividades de produção e interpretação começam antes da escola. Escrita não é um produto escolar, é um objeto cultural. Considerar produções espontâneas da criança: garatujas. Eixos: quantitativo e qualitativo. A escrita possui convenções que devem ser ensinadas, como: escrever de cima para baixo, maiúscula para início de nomes próprios, etc.
Deve-se ou não ensinar ler e escrever na pré-escola? É preciso imaginação pedagógica para oportunizar a criança a interagir com a linguagem escrita. Desde cedo à criança mantém contato com ordenação de objetos, cartazes, embalagens, etc. A escola não deveria dar todas as chaves do sistema alfabético, mas criar condições para a criança descobrir por si. Considerar o ponto de vista da criança.
Os métodos para alfabetização são sugestões, não são neutros e não podem criar conhecimento. 

Três dificuldades do professor:
Visão que o adulto já tem da escrita
Confusão entre desenhar e escrever
Redução do conhecimento do leitor ao conhecimento das letras

Conflitos da criança no processo de alfabetização:
1º Distinguir figura e não figura – Icônico - forma dos objetos. Escrita – forma dos grafismos.
2º Quantidade mínima de caracteres numa palavra
3º Quantidade interna de caracteres com suas variações, nas palavras.

Períodos da Alfabetização
Período pré-silábico
Período silábico: critério para regular variação de quantidade de letras que devem ser escritas.
Período silábico-alfabético sabe que uma letra não basta para uma sílaba e o som não garante a letra.
Período alfabético
Aprendizagem da linguagem escrita é muito mais que aprendizagem de um código de transcrição é a construção de um sistema de representação.

Um exemplo: A criança construindo um sistema silábico de escrita

A.   Criança escreve tudo com o mesmo grafema
B.   Aprendeu desenhar algumas letras, altera caracteres numa palavra (após 2 meses)
C.   Aprendeu que para palavras diferentes se usa letras diferentes (mais 2 meses)
D.   Ao final do ano: escreve e pronuncia o próprio nome silabicamente para si.


Emilia é psicóloga e pedagoga. Construtivista, com base em Piaget. 

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