Reflexões
sobre alfabetização
Emília
Ferreiro
Fichamento
Dois pontos para
começar: Quem ensina e Quem aprende?
Dois pressupostos
A autora coloca duas
hipóteses e opta pela primeira.
1º - Escrita é sistema
de representação da linguagem. Se sistema de representação, a aprendizagem é
conceitual. É apropriar-se de um novo objeto.
2º - Se código de
transcrição, a aprendizagem é aquisição de uma técnica.
Atividades de produção
e interpretação começam antes da escola. Escrita não é um produto escolar, é um
objeto cultural. Considerar produções espontâneas da criança: garatujas. Eixos:
quantitativo e qualitativo. A escrita possui convenções que devem ser
ensinadas, como: escrever de cima para baixo, maiúscula para início de nomes
próprios, etc.
Deve-se ou não ensinar
ler e escrever na pré-escola? É preciso imaginação pedagógica para oportunizar
a criança a interagir com a linguagem escrita. Desde cedo à criança mantém
contato com ordenação de objetos, cartazes, embalagens, etc. A escola não
deveria dar todas as chaves do sistema alfabético, mas criar condições para a
criança descobrir por si. Considerar o ponto de vista da criança.
Os métodos para
alfabetização são sugestões, não são neutros e não podem criar conhecimento.
Três
dificuldades do professor:
Visão que o adulto já
tem da escrita
Confusão entre desenhar
e escrever
Redução do conhecimento
do leitor ao conhecimento das letras
Conflitos da criança no
processo de alfabetização:
1º Distinguir figura e
não figura – Icônico - forma dos objetos. Escrita – forma dos grafismos.
2º Quantidade mínima de
caracteres numa palavra
3º Quantidade interna
de caracteres com suas variações, nas palavras.
Períodos da
Alfabetização
Período pré-silábico
Período silábico:
critério para regular variação de quantidade de letras que devem ser escritas.
Período silábico-alfabético
sabe que uma letra não basta para uma sílaba e o som não garante a letra.
Período alfabético
Aprendizagem da
linguagem escrita é muito mais que aprendizagem de um código de transcrição é a
construção de um sistema de representação.
Um exemplo: A criança
construindo um sistema silábico de escrita
A.
Criança escreve tudo com o mesmo grafema
B.
Aprendeu desenhar algumas letras, altera
caracteres numa palavra (após 2 meses)
C.
Aprendeu que para palavras diferentes se
usa letras diferentes (mais 2 meses)
D.
Ao final do ano: escreve e pronuncia o
próprio nome silabicamente para si.
Emilia é psicóloga e
pedagoga. Construtivista, com base em Piaget.
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